Caracterizada
por uma inflamação das meninges - membranas que envolvem o cérebro e a medula
espinhal - a meningite é uma doença contagiosa que atinge adultos e crianças.
Em
entrevista ao Blog Conexão Saúde Samel, o médico assistente do Pronto Socorro
Infantil (PSI) do Hospital Samel, Dr. Eun Chul Park, explica os principais
tipos de meningite, além dos sintomas, a prevenção e o tratamento.
Tipos de meningite
De
acordo com o Dr. Park, existem diversos tipos de meningite, consideradas leves
até as mais graves. Entre essas, dois tipos são considerados principais: a
meningite viral e a meningite bacteriana.
- Meningite viral
Segundo
o médico assistente do PSI, as meningites virais costumam ser benignas, não
acarretando grandes complicações à saúde neurológica da criança e não
necessitando de tratamento específico, com exceção dos quadros provocados pelo
vírus do herpes, no qual existe medicamento característico.
- Meningite bacteriana
Menos
frequente que a viral, a meningite bacteriana é a forma mais grave da doença.
Segundo o Dr. Park, “a meningite bacteriana ocasionada por microorganismos
pneumococo, meningococo e hemófilos são as mais sérias, exigindo tratamento
urgente e rigoroso com base em antibióticos.
Sintomas da doença
A
meningite apresenta uma variedade de sintomas, “que não são tão simples de
serem identificados, uma vez que podem se confundir com os sintomas de outras
doenças comuns”, ressalta o médico assistente do PSI.
Febre
alta e repentina, forte dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor e dificuldade de
movimentar o pescoço, sensibilidade à luz e aos ruídos, sonolência e cansaço e
irritabilidade são alguns sintomas que os pais devem observar.
Além
disso, quando a meningite é do tipo meningocócica, também podem surgir manchas vermelhas
de tamanhos variados na pele da criança.
Prevenção e tratamento
A
meningite geralmente é contraída através de secreções respiratórias do paciente
infectado. Durante a época de chuvas, onde os ambientes tendem a ficar
fechados, a incidência de contaminação é maior. “Simples medidas, como manter
as mãos limpas e não compartilhar talheres e alimentos podem evitar o
contágio”.
Quando
não são tratados, os episódios bacterianos representam um alto risco de morte
aos infectados. A demora no diagnóstico é um fator que pode ocasionar sequelas,
como alterações neurológicas.
“A meningite do tipo meningocócico é ardilosa.
Muitas vezes, a crianças chega ao atendimento médico apenas com febre, em
sinais de infecções graves e, em poucas horas, esse quadro muda drasticamente”,
alerta o Dr. Park.
Quando
a meningite é viral, o tratamento se resume ao controle dos sintomas,
hidratação e repousou. Já a meningite bacteriana exige tratamento imediato com
antibióticos potentes, por isso, existe a necessidade de internação. Quanto
mais cedo o início do tratamento, maiores são chances de a criança ser curada.