Quando
os pais de deparam com uma febre sem motivos específicos ou quando os filhos
apresentam um leve mal estar, surge instantaneamente a ideia de levar a criança
ao pronto-socorro. Mas, será que essa
atitude é a melhor solução para cuidar dos filhos? A resposta é: depende.
A
coordenadora do Pronto-Socorro Infantil (PSI) do Hospital Samel, pediatra
Judith Queiroz, explica que o pronto-socorro (PS) foi criado para atendimentos
de urgência e emergência. Ou seja, em situações onde há risco de morte em que é
necessária uma conduta rápida e imediata. Acidentes, queimaduras, quedas,
intoxicações, ferimentos profundos, convulsões, dificuldade respiratória
(asma), recém-nascidos com febre, reações alérgicas e desidratação são alguns
exemplos desses casos.
Com
certeza não. De acordo com a coordenadora do PSI, estudos de análise mostram
que aproximadamente 75% dos atendimentos em prontos-socorros poderiam ser
resolvidos em consulta ambulatorial com o pediatra que acompanha a criança
desde o nascimento.
Por que os pais preferem levar seus filhos ao PS?
A
ansiedade causada por não entender o que está acontecendo com seu filho é uma das
principais causas, e é compreensível”.
Mas,
é muito importante alertar aos pais que todo PS concentra muitos casos de
doenças infectocontagiosas, não sendo seguro expor a criança sem uma real
necessidade desse serviço. Além disso, pela rotina de atendimento, muitas
crianças são submetidas a frequentes exposições à radiação por meio da
realização de radiografia e tomografia em um curto espaço de tempo.
“Há casos que uma criança acaba sendo exposta
inúmeras vezes num ano a radiações. Portanto, se não houver uma necessidade
urgente, é muito melhor e mais seguro para a criança que os pais levem regularmente ao seu
pediatra”, informa.
Além
disso, a pediatra enfatiza a importância do acompanhamento de puericultura,
“onde o pediatra faz a avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança em
cada faixa etária, dando orientações personalizadas, abordando alimentações,
vacinações, desempenho escolar, saúde bucal, atividades físicas, entre outros
cuidados”.
A
verdade é que uma consulta rápida de PS nunca irá suprir as necessidades das
quais toda criança precisa para o seu bem estar, por isso, é essencial o
acompanhamento regular ao pediatra.´
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