Os
acidentes domésticos são responsáveis por um grande número de mortes de crianças
não só no Brasil, como, também, em vários outros países. Segundo dados do
Ministério da Saúde, são registradas, a cada ano, cerca de seis mil mortes e
mais de 140 mil internações de crianças com idade entre 0 e 14 anos. A
Organização Mundial de Saúde revela que mais de 50 milhões de crianças no mundo
ficam com seqüelas e 800 mil morrem vítimas de traumas provocados por
acidentes.
Vários
são os fatores que colaboram com a ocorrência desses acidentes como a idade da
criança, fase de desenvolvimento e o ambiente físico em que ela vive, sendo o
ambiente doméstico o principal local onde são gerados esses agravos.
Segundo
a médica pediatra do Pronto Socorro Infantil do Hospital Samel, Judith Queiroz,
muitos desses acidentes são passíveis de prevenção por intermédio da orientação
familiar e de alterações físicas do espaço domiciliar. “A adoção de simples medidas pode evitar graves
danos à saúde da criança”, ressalta.
Para
evitar que os acidentem ocorram, a pediatra Judith Queiroz afirma que “é
preciso que os pais e responsáveis da criança fiquem sempre atentos e observem o
ambiente de convivência, tirando do alcance dos pequenos todos os objetivos que
podem provocar acidentes, como objetos de decoração, adereços, ou qualquer
outro que contenha material perfuro cortante”.
Além
disso, os pais devem evitar que as crianças se exponham a alguns riscos. “No
caso das tomadas, recomenda-se o uso de protetores para que a criança não ponha
o dedo e receba uma descarga elétrica. É preciso, também, cuidados com móveis
que possuam cantos pontiagudos. O uso de cantoneiras evitam os cortes e
machucados”.
Quais os acidentes domésticos mais comuns?
De
acordo com a doutora Judith Queiroz, os acidentes mais comuns são choques
elétricos, queimaduras, quedas, cortes, envenenamentos e intoxicações.
Os
choques elétricos podem apenas assustar a criança e causar formigamento, mas um
choque intenso pode ser fatal. “Por isso, é importante o uso de protetores de
tomadas ou até mesmo os esparadrapos, que são difíceis de arrancar. Não deixe,
também, que a criança brinque próximo aos fios elétricos ou com equipamentos
eletrônicos.”, informa a pediatra.
As
queimaduras podem ser provocadas por correntes elétricas, produtos químicos,
alimentos muito quentes, entre outros. De acordo com Judith Queiroz, “a cozinha
merece uma atenção redobrada, pois é nela que as crianças podem queimar as
palmas das mãos na tampa do forno do fogão ou mexer nos cabos das panelas
quentes. De preferência, use as bocas da parte de trás do fogão e coloque sempre
os cabos das panelas para o lado de dentro”.
Quedas
e cortes são outros tipos de acidentes muito comuns às crianças. Para
evitá-los, a doutora Judith orienta que “os pequenos brinquem sempre em locais
seguros, sempre supervisionados por um adulto, evitando que eles se exponham a
riscos, como escadas, móveis e plantas”.
Envenenamento
e intoxicações, segundo a pediatra, se dão, principalmente, por produtos de
limpeza e medicamentos. “Remédios e produtos de limpeza devem ser mantidos,
sempre, em lugares altos, longe do alcance das crianças. Não se deve confiar em
guardá-los dentro de armários, estantes ou criados-mudo. A curiosidade faz
parte da natureza da criança e elas, sem dúvidas, vão conseguir abrir esses
móveis”.
Os
acidentes domésticos podem acontecer a qualquer momento. Crianças são muito
ativas e curiosas e não tem consciência dos perigos a que estão sujeitas, por
isso, esteja sempre atento!
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